Depois de dois anos da pandemia causada pela covid-19 que fez milhares de vítimas em todo o mundo, iniciamos este ano acompanhando, com muita tristeza e apreensão, a guerra na Ucrânia, que causa grandes perdas e sofrimento à população dos países envolvidos, além de consequências econômicas e sociais em todos os continentes. Se quanto à covid a situação começa a ficar sob controle, sobretudo pela vacinação global, quanto à guerra parece que ainda estão longe o entendimento e a pacificação.
Mas estamos chegando ao final de 2022, cujo segundo semestre trouxe muitas expectativas e emoções aos brasileiros, principalmente pelas eleições gerais para a presidência da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais, além da realização da Copa do Mundo.
O foco maior dos eleitores, historicamente, são os cargos majoritários do Poder Executivo – em 2022, presidente e governadores. Apesar disso, chamamos atenção em diversas reuniões e conversas que realizamos ao longo do ano para a importância da atuação do Legislativo e da escolha, entre os inúmeros candidatos concorrentes aos parlamentos federal e estaduais, de representantes preparados e comprometidos com o país. Representantes esses que possam, a partir de janeiro do próximo ano, aperfeiçoar ou criar as leis que atendam às necessidades da população, estabelecendo as regras para o equilibrado e justo convívio social, para o desenvolvimento econômico e para a melhoria da qualidade de vida de todos.
Nesse aspecto, falando sobre o transporte rodoviário de cargas, inúmeros são os temas que envolvem a nossa atividade sendo tratados no Congresso Nacional, muitos sem o adequado andamento. Numa simples análise, identificamos projetos de lei que estão pendentes há anos, parados ou tramitando lentamente nas comissões e pelos corredores do Congresso ou das assembleias estaduais.
Lembro que, em recente evento da NTC&Logística – o CONET&Intersindical de São Paulo (04/08) –, foi realizado o Painel “Roubo de Cargas”. Na ocasião, prestigiamos e aplaudimos os policiais federais e estaduais que apresentaram o resultado do trabalho por eles produzido, o planejamento, as ações de campo e as investigações voltadas ao combate a esse tipo de crime, que causa enormes danos a toda a cadeia produtiva e à sociedade em geral, amedrontando os trabalhadores e provocando graves prejuízos às empresas de transporte de cargas.
Ao mesmo tempo em que se valoriza a atuação das polícias e os riscos pessoais que correm, é impactante o custo que representam as necessárias estruturas policial e judicial envolvidas. Muito se resolveria quanto à redução dos índices existentes se algumas leis aparentemente simples fossem aprovadas e sancionadas em caráter de urgência, como a que criminaliza o porte e a utilização de jammer, equipamento que embaralha e impede a transmissão dos sinais dos rastreadores dos veículos aos centros de controle e de monitoramento das viagens. Há ainda outras que agravam as penas para receptadores de cargas roubadas, inclusive com o fechamento e a lacração de estabelecimentos comerciais, com o perdimento de produtos que não tenham a devida comprovação fiscal de sua origem, o cancelamento de CNPJs e o bloqueio de CPFs dos receptadores de modo a impedir a continuidade dessa atividade ilegal.
Enfim, que conquistemos a Copa do Mundo de futebol e que tenhamos feito as escolhas certas para os Poderes Executivo e Legislativo nos âmbitos federal e estaduais.
Em breve, um novo ano, e a vida continua.
Deus nos abençoe e feliz 2023!
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Sobre Eduardo F. Rebuzzi
É presidente da Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (FETRANSCARGA) e vice-presidente da NTC&Logística.
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